"Todo o brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo - há muita gente de jenipapo ou mancha mongólica pelo Brasil - a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro" (Freire, 1963: 7-8, 331).
Olá Pessoal! Tudo Bem? Espero que sim.
Cada vez mais o estudo da diversidade ganha força na atualidade, sobretudo na busca do entendimento do “diverso” como importante elemento para a construção de uma sociedade sustentável.
Como as diferentes maneiras, expressões, orientações e culturas podem provocar uma troca de experiências e contribuir para a geração de novas idéias, a pacificação de conflitos e a diminuição das desigualdades sociais e econômicas?
A partir desta reflexão, pretendo trazer para este espaço, uma rede de conhecimentos e práticas que buscam compartilhar e valorizar a diversidade como parte fundamental do modelo de desenvolvimento sustentável.
A sociedade brasileira, desponta como exemplo na conciliação de características e influências na sua formação.
Nos anos 20, com o acontecimento da Semana de Arte Moderna, surge a ideologia do “país-cadinho”, onde intelectuais de referência como Paulo Prado (1869-1943), Gilberto Freyre (1900-1987) e Sergio Buarque de Holanda (1902-1982), procuram buscar a compreensão das características e da “alma” da sociedade brasileira. Inegáveis vestígios e traços dos portugueses e espanhóis, convivência com índios e negros no decorrer da história, fazem do nosso País uma mistura de heranças na evolução da formação em sociedade.
O valor da diversidade aparece quando percebemos em certa medida, a convivência entre opostos, o avanço da democracia e o maior empenho nas relações diplomáticas. Ações que procuram fazer do Brasil, um dos protagonistas para encarar o futuro.
Se você possuir alguma informação, conhecimento, notícia ou prática que valorize a diversidade, fique a vontade para levantar a discussão e até mesmo a me ajudar na construção e desenvolvimento deste espaço.
Até breve!
Referências:
¹Ortiz, Renato. “Da raça à cultura: a mestiçagem e o nacional”. In. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 2003, p. 36-44